terça-feira, 16 de dezembro de 2008

o estatuto

Começo a ficar farto das sucessivas notícias sobre o novo estatuto da região autónoma dos Açores.
Ele é uma comunicação ao País com uma carga emocional que durou todo o dia da parte do “Grande Líder”.
Ele é os ditos dos mais importantes nomes do constitucionalismo português que vêm a terreno reportar a blasfêmia contra a “Constituição”.
Ele é artigos de opinião dos “opinion makers” da nossa praça que creem que quem apoiar o estatuto está a fazer uma grande maldade ao “Grande Líder”.
E por fim a nossa digníssima classe política que vocifera contra o facto do PS agora não ter em atenção os sentimentos mais profundos do “Grande Líder” (apesar de a primeira votação ter sido aprovado pela totalidade dos deputados das diferentes bancadas).
Ora salvo melhor opinião trata-se e tão só de uma maioria, maiorissíma ter na realidade aprovado o Estatuto que terá como efeito o Presidente ter de fazer mais uma auscultação - ouvir os orgãos regionais - para dissolver a Assembleia dos Açores.
E qual é o problema? Será que a maioria dos Portugueses está preocupada com as diligências que o Presidente tem de realizar para dissolver a Assembleia dos Açores?
E já agora, quando o “Grande Líder” tinha as mais altas funções executivas, e se entretinha a dar cabo do País, descobriu um dia (provavelmente ao fazer a barba) que havia alguns elementos da função pública, que auferiam mais do que o vencimento base de sua Excelência.
Assim, logo de imediato, decretou que nenhum funcionário público jamais se reformaria com um vencimento superior ao digníssimo 1º ministro, fossem quais fossem os seus descontos para a aposentação.
Aí pessoas houve que descontaram durante anos (e continuaram a descontar) sobre a totalidade dos vencimentos que auferiam mas quando chegou a vez de se reformarem viram os suas reformas ficarem de um dia para o outro iguais ao vencimento base do 1º ministro.
Nessa altura não vi nenhum constitucionalista, nenhum “opinion maker”, nenhum político ou um qualquer jornalista a clamar perante tal ilegalidade.
Pois é, mas o ideólogo desta aberração, o “Grande Líder”, aufere sem qualquer rebuço de uma reforma do Banco de Portugal mais uma de Professor e a de 1º ministro, e nenhum outro funcionário público pode receber reformas cumulativas!
Ah, é verdade, o Banco de Portugal não é do Estado....por isso duas das reformas são do sector privado e assim, é óbvio, pode LEGALMENTE acumular as três! Os outros tótós descontaram acima para receberem abaixo.
Queriam comparar-se ao ao “Grande Líder”?

domingo, 14 de dezembro de 2008

avôzinhos

É uma tristeza quando um individuo pretende a todo o custo continuar a ter protagonismo quando começa a ficar com idade para tratar dos netos.
Foi o caso do “Bochechas” quando achou que o mundo tinha ficado extasiado com ele e após o seu tempo decidiu concorrer às eleições presidênciais contra o “Grande Líder” acabando por prejudicar a sua família política.
É o caso agora do poeta “Pateta Alegre” que se julga um rapaz no fulgor das suas capacidades e não percebeu que está a ser adulado e atirado para a frente por indivíduos que pretendem prejudicar o partido que o elegeu.
É triste quando uma pessoa não tem o sentido do ridículo.
Quem se deve estar a rir é a “Avózinha” que nunca teria qualquer hipótese e agora vislumbra uma hipótese de retirar a maioria ao PS.
Enfim malhas que o Império Tece.

sábado, 13 de dezembro de 2008

má sorte

Acabei de ler no Semanário desta semana que se perfila para suceder ao “Grande Líder” o “Pequeno Líder”.
Que mal fizeram os Portugueses para merecer tudo isto?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

governar

Para mim a melhor forma de um povo ser governado é em social-democracia.
E portanto desde que estamos em democracia tenho sempre votado no partido que melhor a defende em Portugal.
Bem, sempre, não é verdade!
Na 2ª maioria absoluta não consegui votar no “Grande Líder”. Creio que pior primeiro-ministro só o camarada que o seguiu.
Por razões óbvias não votei nele nas 1ªs nem nas 2ªs presidenciais em que concorreu.
Desde essas eleições que tenho ficado na expectativa. Mas votar voto sempre, nem que seja em branco, pois votar creio ser uma obrigação de todos os cidadãos.
Desiludi-me com o nosso Comissário Europeu quando decidiu ligar-se aos rapazes do Caldas.
A partir daí só desgraças. E agora resolveram arranjar uma “avozinha” que melhor faria se na realidade assumisse o seu verdadeiro papel e se mantivesse na reforma.

a besta terrorista

Confesso que já li muita coisa mas nada de parecido com o artigo – A besta terrorista, que apareceu escrito no jornal Semanário do dia 5 de Dezembro na página 8, escrito por um senhor Prof. Universitário.
Os esclavagistas primários tinham argumentação parecida com o que este senhor defende.
Já por acaso pensou que o “terrorismo” tem raízes” na opressão, falta de cultura dos intervenientes e incapacidade para os governos darem resposta às necessidades de determinados grupos?
Já pensou que de “terrorismo” se tratava o que pessoas das nações subjugadas faziam à “raça” dominante nos anos 40 em plena Europa?
Gostaria de saber se o nosso caro Professor estivesse numa situação semelhante se não se tornaria numa “besta terrorista”!
Provavelmente não porque é preciso ter alguma coragem para defender determinados ideais e dar a própria vida por eles.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

sida

No Domingo foi o dia Internacional contra a Sida.
Ficámos a saber que apesar de todos os avisos via rádio, televisão, etc. aumentou o número de infectados.
Como é possível, com toda a informação disponibilizada, isto estar a suceder?
Se pretendem acabar com a vida, há outras formas mais rápidas, menos dolorosa para os próprios e mais baratas para a sociedade de o fazerem.
Se não é isso então estamos perante a “estupidez” suprema.
Aquilo a que costumo apelidar de “calhau com olhos”!

vergonha

Aproveitei o fim-de-semana alargado para não pensar neste desgraçado País.
No tempo da outra “senhora” confesso que quando saía de Portugal a sensação que tinha era de vergonha por ser Português e a única coisa de que nos podíamos orgulhar era o “Pantera Negra” ser um de nós.
Entretanto os tempos mudaram e houve um período em que isso passou e de tal maneira que tinha uma certa vaidade em dizer – sou de Portugal.
Confesso que agora voltei a ter a mesma sensação que tinha pois as nossas elites são confrangedoramente mesquinhas e sem nível algum e voltamos a ser um dos piores da Europa onde nos inserimos.
E ainda por cima a “Pantera Branca” só joga bem e dá alegrias aos seus adeptos quando joga pelo seu clube pois que pela selecção é tão mau como qualquer dos outros que por lá andam.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

trânsito local

Já nos sucedeu a todos quando vamos de carro pela estrada ao nos aproximarmos duma povoação por vezes deparamos com uma estranha indicação.
Uma placa a dizer “Trânsito Local”.
Ora bem para nós que não somos dessa região nada nos diz e para os habitantes locais não lhes interessa nada pois sabem perfeitamente onde estão e para onde vai esse desvio.
Pergunto eu portanto para que servem aquelas placas?
Será que os nossos autarcas julgam que lhes medimos a importância pelo número de placas existentes nos seus Concelhos?

domingo, 30 de novembro de 2008

Questão de sapatos

Fico sempre admirado com as senhoras que se queixam das dores na coluna e de dores nos pés.
Olhando para os sapatos que usam o que se vê?
Uns saltos de não sei quantos centímetros e um bico super agudo.
Dizem que é para ficarem mais elegantes!
Até posso concordar com o conceito, mas quando isso põe em causa o bem-estar não falando já dos transtornos de saúde aí começo a não compreender.

sábado, 29 de novembro de 2008

novo CC

O PCP está em congresso.
Para já um dado. Vão reduzir os membros do CC.
Quererá isto dizer que estão a controlar os custos atendendo a crise.
Ou será que tentam regressar às origens e os membros do CC passarem a ser apenas os originários da classe operária?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

licenciaturas

Não sei se repararam mas antigamente quem perorava na praça pública eram os licenciados em direito.
Agora esses senhores passaram a outra fase do negócio. Vêem-nos explicar em linguagem de gente as leis que eles fizeram.
Outra forma de passarem o tempo e ganharem alguns “trocos” é darem uns pareceres em grandes “colmeias” de advogados.
Agora quem é chamado para dar a sua douta opinião são os economistas e os financeiros a começar pelo “Grande Líder”.
É claro que a receita é sempre a mesma. Baixos salários para muitos para que poucos possam ter muito.
Qual será a classe de licenciados que dentro de algum tempo irá dar “palpites” por tudo e por nada?

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

estacionamentos

Que eu saiba quando adquiri o meu andar cada morador pagou uma determinada quantia a mais pelo direito a terem um estacionamento.
As pessoas que quando adquiriram o seu andar o prédio não tinha estacionamento por tal facto compraram os andares a um preço mais em conta.
É de notar que a maioria destas quando adquiriu os andares não tinha automóvel pois se o tivessem teriam procurado um prédio que tivesse estacionamento.
Fico portanto algo irritado ao assistir a situações autorizadas pelos nossos autarcas que em atitude eleitoralista "dão" o direito de superfície da via pública aos moradores em bairros onde não existe estacionamento nos prédios para os mesmos estacionarem os seus "pópós".
E mais se por qualquer razão paramos o carro num desses lugares somos invectivados pelos moradores, por que não temos o direito de aí estacionar o carro. E se persistirmos chamam a polícia.
É ou não aquilo um espaço público?
Que a autarquia ceda aos moradores a possibilidade de estacionarem os seus automóveis nesses espaços sem pagarem algo ainda posso admitir (embora não aceite) mas que eu não possa estacionar o meu carro num espaço que só será ocupado ao fim do dia aí eu não aceito de nenhum modo.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

o Grande Líder

Dá-me vontade de rir por ver o Grande Líder perorar sobre tudo e mais alguma coisa com ar compenetrado especialmente sobre a economia deste nosso País.

Mas fico triste pois lembro-me que ainda há não muitos anos quando tinha as mais altas funções executivas pretendia ser o "bom aluno" e aí entreteve-se a dar cabo da nossa agricultura, pesca, etc.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

actualidade

Vivemos tempos conturbados.
As respeitáveis "Excelencias" de há pouco tempo atrás revelam-se uns trapaceiros de alto gabarito.
Mas a culpa é nossa pois não quisemos ver os sinais que estavam bem evidentes e à nossa frente.
Indivíduos que à sombra dos partidos entraram na vida com uma mão à frente e outra atrás apresentam passados poucos anos patrimónios que não encontramos explicação.
É claro que a explicação é sempre a lotaria ou o totoloto ou a sorte inaudita de ter adquirido acções que centuplicaram o seu valor em meia duzia de anos.
Outra forma que também é utilizada e a de adquirirem terrenos que nada valem pois são de reserva natural ou não podem ser edificados mas que subitamente passa tudo a ser possível pois o PDM é alterado e milagre já se pode edificar imóveis às centenas.
Em tribunal nada se consegue provar. O procedimento habitual é fazer com habilidades de advocacia prolongar os processos até estes caducarem por ultrapassagem dos prazos.